Fraunhofer admits to grow in Portugal

Fraunhofer Portugal was mentioned on the news regarding the creation of an industrial forum with the biggest Portuguese companies. You can read the full news (in PT) here:

 

Fraunhofer admite crescer em Portugal

 

Instituição alemã abre a porta a segundo centro de investigação e quer criar um fórum industrial com maiores empresas portuguesas.

Os cuidados de saúde aos idosos não serão o único mercado ao qual se vai dedicar o primeiro centro de investigação Fraunhofer em Portugal, cuja actividade arrancará apenas com companhias europeias, caso as empresas portuguesas não adiram de imediato ao projecto. Mas se o programa correr bem, a rede alemã de investigação aplicada, a maior da União Europeia, tem na sua agenda a abertura de um segundo instituto, também ele muito orientado para a procura" em áreas de fronteira como a nanotecnologia.

Estes são alguns dos planos apresentados ao PÚBLICO pelo alemão Dirk Elias, o director designado do instituto Fraunhofer Portugal que se prepara para iniciar a sua actividade, em Abril, no Porto. Segundo este responsável, que trocou a liderança de uma empresa nascida de um spin-off da rede Fraunhofer pelo actual cargo e hoje se apresenta aos jovens investigadores da Universidade do Porto, a investigação em ambientes que tornem mais acessível a tecnologia de informação e comunicação "não deve limitar-se" ao segmento dos idosos, como se previa inicialmente, mas trabalhar para a indústria de uma forma abrangente. "[O modelo] Fraunhofer é para ajudar as empresas comerciais no pré-desenvolvimento e produtos e protótipos de produtos que podem ser vendidos."

O centro português de investigação - que só ao fim de cinco anos deverá passar a instituto, se for bem sucedido - tem garantidos nove milhões de euros de financiamento (dois terços da Fundação para a Ciência e Tecnologia e o restante do Fraunhofer). Mas no final do quinquénio, 60 por cento do seu orçamento deverá chegar de entidades terceiras (inclui apoios europeus). Quanto às empresas nacionais, o projecto na mesa é reunir num fórum industrial as principais: aquelas que estejam "suficientemente confiantes" no trabalho do centro de investigação, na área dos ambientes assistidos por tecnologias de informação e comunicação e com capacidade para investir durante cinco anos num projecto de investigação. A Sociedade Fraunhofer olha ainda para Portugal como uma plataforma para projectos destinados a mercados em África e na América Latina, nomeadamente no Brasil.

Embora tenha uma perspectiva positiva da evolução do centro, Dirk Elias assume não ter ainda projectos concretos e não saber qual vai ser a resposta das empresas portuguesas. Após uma primeira manifestação de interesse de várias entidades no ano passado, da EDP, Brisa, Efacec, PT e Sonae, entre outras, o responsável tem programado para Março uma segunda ronda de visitas pelas empresas. Dirk Elias até admite a possibilidade de associação a telecoms europeias que já conhecem a Sociedade Fraunhofer, logo no arranque do centro, como exemplo demonstrador para entidades portuguesas, que podem vir a juntar-se "em projectos em que não concorram directamente", por exemplo, em termos de localização ou grupos-alvo.

Este engenheiro espera ter projectos em carteira até ao final do ano, até porque pretende candidatá-los brevemente à convocatória para iniciativas no âmbito da Vida em Ambientes Assistidos (muito direccionados para apoio a idosos e doentes) que, apesar das suas reticências (ver entrevista), é apontada no memorando de constituição do centro que vai dirigir como a área prioritária deste, e para a qual há financiamentos de até 1,2 milhões de euros por projecto.

Dirk Elias tem as suas preguiças, como todos. Detesta, ao comprar um novo telemóvel, ter de passar todos os seus contactos do telefone antigo para a agenda do computador, e desta para a nova máquina. Gostaria que os operadores desenvolvessem soluções para garantir este e outros serviços que facilitem a vida ao cliente, tornando assim mais justificável a sua fidelização. Este engenheiro alemão garante que nem é preciso inventar, que basta desenvolver produtos existentes para conseguir chegar a novas soluções que, "mascarando" a presença da tecnologia, se tornem atractivas. É o caso dos routers adsl que, nota, podem ser melhorados para que os próprios operadores de TV corrijam avarias sem que o utilizador mexa um dedo, ou para que imagens enviadas a partir do telemóvel possam ser vistas numa moldura digital, até em casa de familiares mais velhos que nada saibam de informática.

 

Source: 20.02.2008, Jornal Público