The NaviPorto project was mentioned on the news regarding its protocol with CMP. You can read the full news (in PT) here:
Porto participa no desenvolvimento de sistema de recolha de lixo por sensores
O aperfeiçoamento do projecto será feito pela Fraunhofer Portugal, uma fundação sem fins lucrativos que já foi responsável pela invenção do mp3.
As recolhas de lixo que a Câmara do Porto efectua têm uma periodicidade pré-definida, independentemente da quantidade de resíduos depositados nos contentores. Mas, futuramente, os contentores podem vir a dispor de sensores que indicam quando é necessário, ou não, fazer a recolha. Este sistema ainda não existe, mas a Câmara do Porto assinou ontem um protocolo com a Fraunhofer Portugal, uma fundação sem fins lucrativos, que o poderá tornar numa realidade dentro de cerca de um ano.
Com este acordo, a Fraunhofer, especialista em informação assistida e sistemas de comunicação e que já tem no seu currículo a invenção do mp3, terá na cidade do Porto um laboratório vivo onde poderá testar e desenvolver o novo modelo. O protocolo prevê ainda que a Fraunhofer seleccione um parceiro industrial para produzir o novo sistema, que poderá depois funcionar não apenas no município do Porto, mas também noutras autarquias.
Durante a assinatura do protocolo, o vice-presidente da Câmara do Porto e vereador do Ambiente, Álvaro Castello-Branco, destacou "a maior eficiência e o menor custo" que os sensores poderão representar para esta e outras autarquias. É como uma "personalização" de cada contentor. "Com menos trabalho, recolhe-se o mesmo número de resíduos e vamos gastar menos dinheiro com o sistema", antevê.
Segundo Castello-Branco, ainda não existe nada do género, pelo que, se tudo correr bem, tratar-se-á de algo absolutamente inédito. Para o vereador, a escolha da Fundação Fraunhofer como parceira significa que o projecto terá boas condições para ser um sucesso. Castello-Branco defendeu ainda que o Porto deve ser conhecido como um pólo de inovação. "Fazemos uma grande aposta na inovação para a cidade do Porto."
Em declarações ao PÚBLICO, Miguel Barbosa, responsável pelo desenvolvimento de novas actividades da Fraunhofer, explicou que já existem tecnologias que permitem perceber, à distância, se um contentor precisa de ser despejado. Pelo que o grande desafio será "tornar esta tecnologia acessível".
No seguimento deste protocolo, Álvaro Castello-Branco revelou que as recolhas selectivas que a autarquia efectua de resíduos alimentares representam entre 10 e 12 por cento das recolhas totais. Estas recolhas verificam-se sobretudo em restaurantes, escolas, cantinas e no Mercado Abastecedor do Porto e, mediante um acordo com a Lipor, permitem produzir adubo agrícola. Castello-Branco adiantou que só será possível aumentar o volume de recolhas de resíduos alimentares, quando as famílias também começarem a fazer a separação deste tipo de lixos.
Source: 11.12.2008, Jornal Público